Como diria um amigo meu, "somos amigos há apenas 1 ano". Sim, é verdade. Mas, apesar de saber que é verdade, pergunto-me se a amizade se define pelo tempo. Normalmente, não penso na amizade nesses termos, mas percebi agora que há quem o faça, e sendo essa pessoa um amigo meu, não quero deixar de lhe dar a minha opinião acerca do assunto. Assim, publicamente, já que o meu orgulho não me permite fazê-lo olhos nos olhos.
Não sei se vocês sabem. Uns já terão chegado a esta conclusão, outros, talvez porque estão centrados no seu próprio umbigo, ainda não o descobriram. Nós, que somos uma geração que cresceu sem Google, a quem perguntávamos como se coloca um preservativo ou um tampão? A quem perguntámos o que fazer para conquistar um gajo? Com quem partilhámos as nossas glórias e desgraças amorosas? Quem esteve presente na nossa primeira borracheira e nos segurou a cabeça enquanto vomitávamos? Quem nos encobriu as mentirinhas do "vou passar o fim-de-semana com a minha amiga de Lisboa"? Quem nos aguenta a contar vezes e vezes sem conta aquele episódio magnífico em que comemos um gajo qualquer num qualquer elevador só pelo simples prazer de contar aos nossos amigos que comemos um gajo qualquer num qualquer elevador? Quem tem paciência para nos ouvir quando nos apaixonámos e só queremos dizer ao mundo que estamos apaixonados? E depois de ouvirem todo o conto de fadas, quem é que, no final, ainda vai ter que levar com a choradeira do final infeliz?
Sim, são eles. Os amigos. Eles que têm a paciência que ninguém mais tem e, tudo isto, gratuitamente. Sem nada em troca. Amigos que conheço há 28 anos e que cresceram comigo. Amigos de escola. Amigos da Universidade. Amigos do Contacto. E todos os outros amigos sem categoria própria. Entre estes amigos, há aqueles que vejo e falo pontualmente, outros que acompanham a minha vida à distância e outros que conhecem todos os meus passos.
Todos os meus amigos sabem que sou capaz de fazer qualquer coisa por eles. E também sabem que a nossa relação tem que ser equilibrada. Porque na amizade não existe o sentimento de posse, também não existe o sentimento de perda. E sabem o que significa isso? Que, ou os meus amigos correspondem à minha entrega, ou então, não são meus amigos. Não compreendo um amigo que não é capaz de fazer um sacríficio por mim. E apenas o posso desculpar, porque sei que ainda não descobriu o verdadeiro sentido da vida. Para ele, para esse meu amigo de "apenas um ano" digo-lhe apenas que sou paciente. Espero até ao dia em que ele perceba que os amigos não se compram na bolsa, nem se hierarquizam pelo tempo.
* Antoine de Saint-Exupéry. Le Petit Prince
: Apaixonada. Apaixonada. A...
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